terça-feira, 9 de junho de 2015

Escreve-se

Tenho feito uma experiência em economia criativa (rá, descobri que tem nome!), oferecendo artigos de crochê feitos por mim em troca de outros produtos, serviços ou dinheiro, mas sem medida fixa, negociando caso a caso. Essa história está aqui e prometi voltar pra contar o desenrolar, o que começo a fazer agora.

Pois bem, a primeira coisa que aprendi é que ampliar as possibilidades de pagamento também amplia as possibilidades de receber riqueza e abundância. Isso pode parecer meio óbvio, isso já está descrito por economistas das mais renomadas universidades (descobri hoje lendo esse texto mais do que inspirador), mas quando a gente descobre por si, sentindo na pele, é outra coisa! (professores, lembrem-se disso...).

Quando propus o sistema de troca livre (hum, parece que temos um nome...) vieram retornos que, se valorados monetariamente, seriam extremamente altos pra um "simples gorro de crochê", mas que por outro lado custaram muito pouco pra quem "pagou". Hum... o que está sobrando nessa conta? Está sobrando que não é um simples gorro de crochê e não é uma simples venda. É uma troca de cuidados, de afeto, de confiança... e isso, sorry, não há dinheiro que pague!

Aconteceu - ou melhor, está para acontecer - uma troca por dinheiro também. E foi muito difícil chegar a um valor. Cheguei, propus, a pessoa topou. Estou satisfeita com o valor (estou mesmo, juro!), mas a primeira sensação é de que aquele dinheiro é muito pouco. O que eu compro com isso?! Meu marido veio me perguntar, meio brincando, o que nós vamos fazer com aquele dinheiro. Não vou contar quanto é porque a troca ainda não se deu (supersticiosa, eu?!), mas posso dizer que está na casa dos três dígitos... e meu amado marido empresário negocia volumes na casa dos SEIS dígitos. Por causa disso, inclusive, que posso me dar ao luxo de brincar de economia criativa... que bom né?!

[pessoa querida que vai me pagar três dígitos no gorro, fique tranquila. Espero que você tenha entendido que tudo isso é um grande experimento e que cada caso importa MUITO pra mim. Desde o começo estou disposta a receber o que vier - mesmo - e meu carinho e dedicação pra fazer cada peça só aumentam! Sou muito, muito grata a cada um que topa entrar nessa aventura comigo!]

A segunda coisa que me veio à mente foi uma vontade de prospectar pessoas interessantes para trocar. Pessoas que tenham habilidades que eu gostaria de usufruir, mas que não posso pagar por elas (se você tinha se impressionado com os seis dígitos citados acima, saiba que o volume é grande, mas as cabeças são muitas... e no fim, é dinheiro).

E ao pensar nessas pessoas-alvo constatei que preciso ampliar meu leque de habilidades a oferecer, porque nem todo mundo gosta-quer-precisa de um gorro ou sapatinho de crochê, e nem dou conta de fazer... o trabalho é leeeeeeento...

Permeando tudo isso fica aquela sombra do tabu que é falar sobre dinheiro. Quanto eu ganho, quanto eu gasto, como eu gasto. Admito que eu tenho muita dificuldade em abrir essas coisas (percebeu, né? Mas to me esforçando), admito que eu tenho uma certa vergonha ou sentimento de culpa por ter uma renda bem acima da renda per capita brasileira, admito que eu vejo com olhos julgadores pessoas muito ricas ou esbanjadoras ou que gastam em coisas fúteis (tudo julgando, claro... "muito rica", "esbanjadora", "fútil"... tudo preconceito. To melhorando, juro que to).

E pra fechar essa primeira parte do relato da minha experiência em economia criativa (adorei o nome, porque de fato me identifico com ele. Estou criando pra caramba nessa história!), resolvi abrir mais uma página do meu leque de talentos: a escrita!

Portanto, senhoras e senhores, coloco na roda minha habilidade com as palavras.

De carta de amor a relatório empresarial.

Começando do zero ou só pra dar aquela revisada.

Leio, palpito, escrevo.


Meu currículo são meus blogs (se quiser tem minha dissertação de mestrado também, rs...):
- Aralume, este que vos fala, meu primogênito, com 242 textos dos mais variados temas, no ar desde 2008
- O Filho do Aralume é filho do meu filho, mas não é meu neto! Lá escrevo só sobre questões ligas à maternidade/paternidade, desde a vontade de ter ou não filhos, gravidez, parto, amamentação, introdução alimentar, educação, crises... no ar desde 2011, já tem 127 textos.
- Grandes Expedições para Pequenos Viajantes é o caçula, nascido em 2013 com a ideia de registrar nossas viagens com o Joaquim e também viagens de amigos com crianças (isso ainda não rolou, mas fica a dica). Por enquanto só tem 8 textos, mas todos recheados de fotos deliciosas e dicas espertas. Escrever sobre viagens sempre foi um sonho, uma forma de juntar o agradável ao mais agradável ainda... fica a dica#2

Se ficou curioso com a dissertação, vai lá na Biblioteca Digital da USP e baixa o PDF. Estudei métodos quantitativos aplicados para ciências florestais. Pode não parecer a coisa mais atraente do mundo, mas os agradecimentos, a biografia da autora e a epígrafe são bem divertidos.

Escrevi também uns artigos pra Revista Viverde. O primeiro fala sobre Agricultura orgânica, depois assinei uma matéria especial sobre o Cerrado e teve mais algumas, mas logo veio a época em que fui deixando a engenharia florestal de lado e deu vontade de escrever sobre outras coisas...

E tem um desafio recente, meio que abrindo a porta pra essa minha ideia, que foi escrever sob encomenda o texto do site de uma empresa de comunicação e design, a Idée.


Então vamos lá. Quer ou precisa de uma ajuda com as palavras? Faça sua oferta!


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