sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Carta pro Papai Noel



Papai Noel,

Sei que esse ano comprei duas ou três peças feitas com trabalho escravo... nem vou alegar que "eu não sabia" porque isso não é justificativa pra pessoas adultas e esclarecidas (sim, tento ser uma delas). Mas, por outro lado, apoiei projetos culturais e educacionais e tenho me esforçado pra ampliar o meu "esclarecimento" e, mais importante: tenho me esforçado pra aprimorar a minha prática. Afinar o discurso com a ação. Não é fácil, mas é delicioso.

Dito isso, gostaria de dizer que eu te perdoo. Mas se e somente se:


:: Para cada peça feita com trabalho escravo que você der for feita uma doação para um projeto social. Posso sugerir um? Revista Ocas'' é um trabalho lindo com moradores de rua, vale a pena ao menos conhecer.


:: Para cada criança que ganhar um tablet, ou smartphone, ou notebook o mesmo montante for destinado a projetos educacionais. Mas não vale qualquer um! Tem que ser projetos de vanguarda, de mudança de paradigma, pra chacoalhar os métodos vigentes. E é tão difícil encontrá-los que talvez seja mais fácil desistir de dar as tais telas...


:: Para cada balinha que você der pra uma criança você fizer sumir todos os refrigerantes da geladeira daquela casa. Pra sempre.


:: Para cada embalagem de plástico jogada no lixo você fizer com que uma pessoa se comprometa com a prática dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar - NESSAORDEM).


Acho que pra esse ano tá bom.


Mas é Natal e estou com o coração mole. Se você conseguir esse mínimo, além de te perdoar, prometo que tiro Papai Noel Velho Batuta da minha playlist. E paro de ensiná-la pro meu filho. E nunca mais te chamo de Porco Capitalista.


Tô de olho em você. Nos vemos dia 25, velhinho.


ass.: Carolina, 3 anos (ops, 33 =D )




segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Reflexões sobre o corpo

Esse texto faz parte de um trabalho que estamos começando, pra pensar e agir sobre a educação dos nossos filhos. Começando do começo, estamos pensando e agindo sobre nossas educações. O primeiro tema é "O Corpo". O que ele é, como funciona, o que nos diz?

Sustentação
Começamos a descobrir o corpo através da coluna. Tive um grande alívio ao ser lembrada que a coluna não é reta. A coluna possui curvas, a coluna é sinuosa. Também gostei de ser lembrada que a coluna não é uniforme nem homogênea. Tem vazios, tem encaixes. Está longe de ser um bastão. Me apresso em fazer paralelos com as nossas bases de sustentação filosóficas, dogmáticas, que não raro se apresentam como bastões, retos, rígidos. Não é uma analogia, é a descoberta de uma figura. A partir do corpo físico, mais evidente, vamos descobrindo nossos outros corpos, não menos corpos. Emocional, mental, espiritual...

Movimento
Vida é movimento. Ás vezes imperceptível a olhos menos atentos, a escalas mais apertadas, mas sempre há movimento. Pra identificar o movimento, mais do que um padrão, há uma intenção. E - tchã-rã - essa intenção MUDA! Portanto, estou percebendo que é perda de tempo (e de energia...) ficar procurando padrão. O caminho talvez seja estar atento às intenções. E bailar com elas!

Expressão
Com nossos corpos desenhamos nosso Ser. Moldamos nosso entorno, dizemos quem somos, mostramos quem somos.

Desejo
Mais do que vontade, mais do que querer. De-se-jo. O desejo vem não sei de onde, o desejo é meio inexplicável, misterioso. E o que fazemos com o que é misterioso, de origem desconhecida? Geralmente nos afastamos, temos medo, não sabemos como lidar, a imprevisibilidade nos assusta. Depois querem que sejamos empreendedores! Antes precisamos encarar o desconhecido, interagir com ele. Que tal começar a partir dos corpos? Percebendo nossos desejos mais genuínos. Não precisa saber de onde eles vem, basta olhá-los, atendê-los. Sim, atendê-los. O que me impede de atender meus desejos?! O quê?!

Interação
Talvez aqui esteja a grande magia, quiçá o propósito. Mais do que ser ou estar, estar junto. Se até aqui já foi um grande desafio - avaliar minha sustentação, captar as intenções que me movem, mostrar quem sou, examinar meus desejos -  agora a brincadeira é olhar pro outro e refazer o caminho. Sustentar ou ser sustentado? Qual a intenção que te move? O que quer dizer o que você me mostra? Como seus desejos interagem com os meus?!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

c.a.n.s.a.ç.o

Cansado, abriu a porta de casa. Cansada, exalou o hálito de quem dormiu sem escovar os dentes.

Acendeu um incenso.

Escolheu, com dificuldade, um álbum. Deu o play. Melhorou um pouco.

Acendeu um cigarro.

Não quis ligar a TV. Não quis olhar pro celular ou qualquer outra tela. Lembrou que estava com fome.

Acendeu o fogo.

Fez um macarrão sem vergonha. Comeu com vergonha.

Deixou a louça na pia. Não esvaziou a lixeira. A casa dormiria de novo sem escovar os dentes.



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Fisiologia dos pensamentos e sentimentos

Parece que já tem tanta coisa no mundo que diz-se que hoje em dia nada se cria, tudo se copia.

Copiar parece desmerecedor, então prefiro transformar.

Assim como transformamos os alimentos para que nos deem energia, vitaminas e cia., os pensamentos (ideias) e sentimentos com os quais tomamos contato também precisam ser transformados para nos dar suporte em nossa evolução mental, espiritual, transcendental. E a fisiologia é muito semelhante.

Primeiro precisamos mastigar. Quando começa engolindo já não é bom sinal - isso eu não engulo!

Leu. Fez uma pausa. Leu de novo, grifou. Mastigou. Virou a página: engoliu.

Ouviu. Fez uma pergunta. Ouviu de novo. Mastigou. Foi pra casa pensar no assunto: engoliu.

Sentiu. Identificou o sentimento. Olhou pra ele. Mastigou. Permaneceu nele: engoliu.

Não há nada de mal em engolir, mas primeiro mastigue. Cinquenta vezes, diriam os macrobióticos...

Se comeu muito rápido, vomita. Se a comida está estragada, vomita! Se passou da conta, vomita.

O vômito é uma defesa imediata do corpo, e também serve pros pensamentos e sentimentos. Se teve que engolir um sapo, este vai acabar sendo vomitado logo em seguida. Não tem como... por que raios engoliu, então? Cada um sabe dos sapos que engole...

Mas e se vomita tudo? Tem coisa errada, tá doente, não dá pra sobreviver assim. Muda de alimento!

Ok, o bocado era bom, não vomitou.

Então continua digerindo (a digestão começou na boca, lembra?! Aula de ciências, quinta série, rs...).

Vai digerindo, devagar, cada coisa no seu lugar. Haja suco gástrico, enzima, sei lá mais o que.

Enquanto isso o corpo vai absorvendo o que é bom. As ideias começam a aparecer. Outros sentimentos brotam. Ganhamos ânimo, força, vamos em frente!

No final da digestão, o que sobra? Cocô!

Tem que fazer cocô, não pode ficar constipado, assim polui por dentro.

Mas vai fazer cocô em qualquer lugar? Na frente de outra pessoa? Deixe os resíduos voltarem pro ciclo da natureza, discretamente. Esses são os pensamentos que não eram nossos, não encontraram eco no nosso interior, mas nem por isso são ruins. Agora entendo: quem ataca argumentos ferrenhamente está esfregando - ou tentando esfregar - cocô na cara das pessoas. Que vergonha, já fiz tanto isso...

Acabou? Não... de vez em quando tem que fazer uma dieta "detox", super na moda. Na moda porque a gente se alimenta cada vez pior, porque cuidamos do nosso corpo cada vez pior, o que faz com que ele falhe na transformação e absorção dos alimentos. Com os pensamentos e sentimentos também. Assistimos muita televisão, vemos muita bobagem na internet, isso vai poluindo, turvando nossa capacidade de discernimento. E aí, vamos pra um SPA?

Eu nunca fui pra SPA, nunca fiz retiro espiritual... até gostaria. Mas acredito que é melhor cuidar da rotina do que se refugiar de vez em quando.

Alimentação saudável como regra, doces e frituras de vez em quando. |Ninguém é de ferro, a gente precisa de prazer e muito dele vem pela boca.

No caso dos pensamentos e sentimentos, a mesma coisa: cuidar para estar em contato com fontes elevadas (atenção, não estou falando de conviver com monges! Ler os grandes autores, ir a uma exposição de arte de vez em quando, assistir filmes bons, estar em companhia de pessoas que não "criam caso", que deixam a conversa ser leve sem ser banal...). De vez em quando a gente precisa rir de bobagem - bobagem mesmo, fofoca de subcelebridades é minha "fritura emocional" preferida, rs... De vez em quando a gente precisa sentir o amargo da indignação, sabendo o que se passa no "mundo real" (mas não precisa assistir jornal todo dia, né? Eu não aguento...).

E vamos cuidando das limpezas, de escovar os dentes, passar fio dental, tomar um chá digestivo.

Tomar banho - ah, os banhos! Qual foi a última vez que você usou a expressão "de alma lavada"? Eu provavelmente foi ao sair de um concerto. Flutuando...

Isso no âmbito pessoal. E no coletivo?

Cuidar dos nossos esgotos!

Roupa suja se lava em casa, cocô se faz a portas fechadas, mas coleta e tratamento de esgoto é questão de saúde pública.

Isso rende outro falatório. Por enquanto vamos digerir até aqui!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Rico pode esbanjar, pobre não

Num país com o abismo social que existe no nosso, gastar dinheiro com "perfumaria" deveria ser considerado crime grave. Não importa se você trabalhou honestamente pra ganhar esse dinheiro.

Enquanto houver uma pessoa passando fome, não deveríamos pagar contas de 3 dígitos num jantar; enquanto houver uma criança fora da escola, não deveríamos matricular nossos filhos em instituições que cobram mensalidades maiores que o salário anual de muitas famílias; enquanto houver pessoas sem teto não deveríamos construir mansões. Ah sonho socialista...

Escrevo essas palavras com dois belos carros na garagem, planejando minha próxima viagem ao exterior e prestes a gastar uma boa grana na construção da minha casa. Não aponto o dedo pra você, aponto pra mim. Sei o quanto é difícil abdicar dos confortos pessoais em benefício da comunidade. Eu queria mesmo é que TODOMUNDO pudesse viver no conforto. Como faz?!

Não sei. Mas podemos pelo menos refletir sobre todas as "perfumarias" que temos. Antes disso: definir o que é perfumaria... Podemos ter em mente qual é a renda média do brasileiro (algo em torno de R$ 1.000,00), e tentar viver com isso. [risos nervosos]. Não dá!!! Pois é... entendeu o que é "perfumaria"?

Vamos ter consciência da nossa posição privilegiada. Vamos parar de criticar programas sociais, porque nós NUNCA sentimos na pele o que é passar fome. Tenha paciência, muitos de nós nunca sentiram na pele nem o que é ter que dividir a sobremesa com o irmão!

Por falar em sobremesa, tenho uma amiga que luta com afinco pra perder peso e eu, magrela solidária tentando ajudar, comecei com meu blablabla, quando ela simpaticamente diz que não discute regime com quem nunca teve que perder 20kg.

Pois eu não deveria discutir Bolsa Família com quem nunca passou fome.

Mas não consigo! Não consigo ficar quieta!!!

Aí vem me falar que a pessoa largou o emprego pra "viver de bolsa família". Não acredito, não acredito e ponto. A pessoa pode até ter largado o emprego com carteira assinada, que lhe tiraria o benefício, mas está por aí fazendo bicos, trabalhando sem fundo de garantia, férias, etc... sabe por que? Porque pra essa pessoa R$ 120,00 é dinheiro. Essa pessoa não pode se dar ao luxo de pensar em aposentadoria, férias e décimo terceiro, essa pessoa precisa do dinheiro e precisa dele AGORA.

E tem também a pessoa que recebeu Minha casa, minha vida e alugou, vendeu, sei lá. Oh, que crime. Vai lá então, morar com sua família naquele cubículo árido. Ah, então é melhor não fazer as tais casas? Não, pra muita gente o cubículo árido é melhor que o banco da praça... as perfumarias são relativas...

Pois eu considero falta MUITO mais grave comprar o carro do ano. NÃO QUERO SABER QUE VOCÊ CONSEGUIU ESSE DINHEIRO FAZENDO EXPEDIENTES DE TRABALHO DAS 6h ÀS 22h. Esse expediente só beneficiou a você, ou nem isso, te exauriu, te privou da sua família, acabou com a sua saúde.

Ou, no mínimo, trabalhe feito um condenado (ou não) e compre a porcaria do carro, mas não venha falar besteira.

Ai chega, estou me excedendo e quando fico assim perco até a educação... desculpa.



Resumindo: é muito fácil falar em ética e honestidade com a barriga - e a geladeira! - cheias. É muito fácil falar que "é um absurdo fazer isso com o dinheiro público" quando o aluguel está em dia (ou quando não é preciso pagar para morar). É muito fácil dizer "quem quer vai atrás e consegue" quando se tem um (ou vários!) diplomas pendurados na parede.


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Como cultivar a espiritualidade - parte II

A experiência de leveza e liberdade que o capítulo anterior me proporcionou foi tão grande e está sendo tão boa, que quase se basta. Mas sei que há muito pela frente.

No desfrute dessa graça surgiram outros insights, ou sacações, como minha cada vez mais tênue - ou apurada - inclinação hippie prefere.

Um exercício interessante foi me deixar levar pelo rio do tempo (mais uma metáfora com água... não é intencional, mas sei que nada é por acaso!). Amparada pelo bem estar da liberdade recém descoberta, deixei de lado a ansiedade de "ter que resolver". Como era de se esperar, as coisas foram se resolvendo, ou se revelando, como uma nova paisagem que aparece depois da curva.

A paisagem me trouxe três chaves pra me guiar nessa busca de cultivar a espiritualidade. Vou falar de cada uma delas, iniciando pela que tenho mais familiaridade e deixando com que o tempo amadureça em mim as outras duas.

Pois bem, minha primeira chave pra cultivar a espiritualidade é a Natureza.

Óbvio, claro. Sempre esteve comigo, desde os pequenos pés descalços que subiam em árvores. O contato com a Natureza - com inicial maiúscula - sempre me foi fonte de inspiração, fonte de energia, abrigo em momentos de confusão ou desconsolo. A Natureza já me trouxe muitas respostas e já me fez milhões de perguntas. Em nome da Natureza escolhi um ofício. Em nome da Natureza fiz e faço pregações. Mas calma, não transformarei a Natureza em religião!

Só que a partir de hoje, quando me perguntarem "como anda a minha espiritualidade", ou como faço para cultivá-la, responderei com serena convicção:

- tenho contemplado o amanhecer e o entardecer
- tenho observado as plantas do meu jardim
- procuro sentir a brisa fresca da noite
- estou prestando mais atenção à diversidade dos sons de pássaros e insetos que me rodeiam

Essa é minha prática cotidiana, diária. Mas existem também as missas de domingo e os retiros espirituais, onde é possível:

- contemplar uma paisagem sem nenhuma interferência humana aparente
- sentir o corpo formigando ao sol depois de um gelado banho de cachoeira
- soltar-se ao balanço das ondas de alguma praia limpa e tranquila
- absorver o estrelado do céu e ser absorvida por ele
- admirar as diversas estampas das asas das mariposas numa noite de inverno no alto da serra
- dormir ao som de grilos e sapos
- pisar na terra, pisar na areia, pisar na pedra

E por aí vai... poder desfrutar desses momentos traz significado à minha vida, à medida em que me sinto parte dessa orquestra. E como explicar que a água fria do chuveiro nada tem a ver com a água fria da cachoeira? Como explicar que nenhum CD de sons da natureza embala o sono como o coachar e cricrilar ao vivo? Isso é estar em contato com a espiritualidade...

Voltando à nossa definição inicial: A espiritualidade pode ser definida como uma "propensão humana a buscar significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio".

C.Q.D.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Como cultivar a espiritualidade - parte I

Tenho sido cobrada pelas pessoas que me ajudam a cuidar da minha saúde a cultivar a espiritualidade.

Preguiça. Desânimo. Frustrações. Desilusões.

Vou puxando o fio que me liga a essa palavra e os azois não trazem resultados animadores. Como se eu estivesse num barco, à minha volta o oceano vasto e profundo. Sei que a espiritualidade está ali, mas ONDE?! Na verdade a pergunta não é onde, pois eu tenho nas mãos o fio que me liga a ela. A pergunta seria QUANDO? Ou seria COMO?

Continuo puxando, ciente de que essas perguntas não me ajudam e de que não me resta outra opção a não ser puxar, puxar... e limpar o que chega. Descartar o descartável. Guardar o útil. Mas só posso guardar depois de limpar, porque seja lá o que for, não sai intacto de uma temporada submerso no oceano.

Aí chega um pacotão. Pesado, desforme, fedido. O nome desse pacote é religião. Empaco. Não consigo puxar mais, não aguento. Fico diante daquela "coisa". Percebo que pra avançar na minha jornada em busca da espiritualidade preciso me livrar daquilo. Mas ao mesmo tempo fui ensinada que é o contrário: o pacotão de religiões é o que permite acessar a espiritualidade. Só que minha realidade mostra que não! Não é assim! Definitivamente esse pacote é um estorvo, não me deixa continuar puxando o fio, me impede de enxergar adiante.

Com um pouco mais de força finalmente tiro o pacote da água e trago à bordo. Agora a questão é ter estômago para abri-lo. Preciso mesmo fazer isso? E se eu simplesmente joga-lo novamente na água? Posso continuar puxando meu fio, ele não vai me incomodar mais. Mas e se dentro dele tiver alguma coisa que me seja útil?

Percebo então que não preciso resolver isso de uma vez. Tenho sim que criar coragem e tirar toda aquela camada de lodo, algas e cracas. Respiro fundo, tampo o nariz e faço a faxina superficial. Jogo a sujeira fora. De volta ao mar não é sujeira, à bordo sim. Para meu espanto, vejo que depois disso não sobra muita coisa. O trabalho pesado já foi.

Deixo então aqueles objetos num canto - muitos dos quais totalmente desconhecidos. Agora o fio vem mais leve. Às vezes vem alguma coisa que encaixa certinho com um daqueles objetos do pacotão.


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Dizem que meu lado racional, mental, me dificulta o acesso à espiritualidade. Recebi a seguinte orientação: "use sua mente a seu favor". Parece que agora estou entendendo. O texto acima foi um exercício mental que me proporcionou um ótimo insight.

E já que sou racional e preciso usar isso a meu favor, vou pesquisar no Google o que é espiritualidade, pra começo de conversa.

A espiritualidade pode ser definida como uma "propensão humana a buscar significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio". A espiritualidade pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa

Thanks Wikipédia!

Pode ou não estar ligada a uma experiência religiosa. Pode estar pra você, não está pra mim. Não está pra mim agora, mas já esteve. Pode ser que esteja no futuro, vai saber?

Ok, resolvi o pacotão. Foi mais fácil do que eu pensava.

Que leveza!