quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O melhor presente é a presença

Acho que todo mundo gosta de ganhar um pacotinho, eu também gosto, é claro. Mas faz tempo que tenho dado especial importância ao convívio, ao esforço que as pessoas fazem para estar juntas, que muitas vezes é bem maior do que qualquer esforço feito para comprar um presente...

Em tempos globalizados, com as comunidades cada vez mais difusas, amigos indo pra longe, menor vivência das cidades (quero dizer, anda-se menos a pé, encontra-se menos com as pessoas na rua, no mercado, nas esquinas do centro...); parece que todos estão correndo atrás do rabo pra ganhar uns trocados e quase não nos entreolhamos, ou pior, entreolhamo-nos através de facebooks e cia. e temos a impressão de que convivemos. Mas no fundo sabemos que isso não é convívio; nada como olho-no-olho, pele-na-pele e o som ao vivo dos sorrisos e - por que não? - das lamúrias.

Por essas e outras, considerando também a iminente onda de consumo característica da época, convido à reflexão: quanta presença de qualidade você tem oferecido às pessoas queridas?

Quanto tempo você oferece, descompromissadamente, aos seus filhos? Quantas visitas demoradas e leves você faz a seus pais? Há quanto tempo você não vê aquela tia querida? Quantos quilômetros você está disposto a viajar para rever um amigo? Quantas noites românticas você tem passado com seu amor?

Por outro lado, como você encara aquela pessoa que aparece sem um pacote nas mãos? Como você retribui as visitas que tem recebido?

E ainda, quais os compromissos que você "engole", quando na verdade gostaria de estar em outro lugar, com outras pessoas?

A vida é breve, saibamos valorizá-la!

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