terça-feira, 23 de outubro de 2012

Novos tempos

A natureza e a vida mudam a cada instante e às vezes nos esquecemos de acompanhar esse ritmo impermanente.

Pois agora chegou a hora do Aralume mudar - de novo. Você deve lembrar que esse blog começou com uma pretensão bem modesta, que era divulgar um casamento. Algo informal, para os amigos, uma brincadeira.

Depois eu peguei o blog "pra mim" e comecei a escrever sobre variados temas. No começo tinha mais a ver com meio ambiente e sustentabilidade, depois os escritos foram ficando mais "cabeçudos" e abordando questões de comportamento e "outras viagens". As viagens, aliás, são tema sempre presente, pois assim vou guardando o meu diário.

E essa na verdade sempre foi a principal função do Aralume - e dos outros blogs também. Antes de mais nada, eu escrevo pra mim. Escrevo pra organizar minhas ideias, pra guardar informações, pra poder recordar mais tarde.

Claro que é uma delícia poder sentir como essas ideias e vivências reverberam nas pessoas e tenho recebido retornos muito bacanas, tanto dos mais chegados quanto de pessoas que não faço ideia de onde surgiram (faço sim... viva o Google!).

Essa interação acabou levando a outra novidade do Aralume, que foi abri-lo para textos de colaboradores. Fiquei muito feliz com os textos que recebi e aproveito para dizer que sempre será uma grande alegria poder divulgar escritos de outros autores. Não se acanhe!

O meu compromisso com o blog era atualizá-lo semanalmente, às terças-feiras... mas começou a ficar chato... o compromisso começou a pesar... crise criativa? Pode ser e é até compreensível, pois o momento da minha vida tem me conduzido por temas muito específicos, uma vez que estou grávida.

Eu já comecei outro blog, O Filho do Aralume, porque não queria deixar esse aqui monotemático. Mas a questão é que eu estou ficando monotemática! E até comecei um terceiro blog (?!), o Tricotando de cócoras, uma graça, um chuchu, guti, guti da mamãe =D

Então meus caros, deixo o Aralume um pouco de lado, por enquanto... claro que quando bater a inspiração correrei pra esse cantinho onde me sinto tão à vontade. Quando surgir alguma viagem, fique certo de que seu relato estará por aqui. E se alguém quiser fazer uso do espaço, agradeço para que ele não fique às moscas.

Obrigada pela companhia!

Ah, e tem uma outra coisa, muito chata, que é que não posso mais postar fotos! Minha cota nessa conta acabou e não estou a fim de comprar espaço extra e nem de apagar os álbuns que organizei com tanto carinho... de qualquer forma é bom pra ir aprendendo a não ficar tão dependente dessas ferramentas virtuais...


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Bonito Lindo

Nesse feriado tivemos o imenso privilégio de conhecer a Fazenda do Rio Bonito, vizinha de cerca do Parque Nacional da Serra da Bocaina (que conhecemos há dois anos, na estréia da Dalva).

É uma fazenda particular, de uma família que a preserva há mais de um século e um amigo em comum nos abriu essa porteira (ou portal, para ser mais exata...).

Embora com uma área imensa (quase 4 mil hectares), não é uma fazenda de produção convencional. Quase que 100% de sua área é coberta por florestas, que abrigam uma infinidade de nascentes e riachos de água extremamente limpa. Quer riqueza maior?

O isolamento também faz parte do pacote. São duas horas em uma estradinha para poucos, por onde só passam cavalos ou carros 4x4 muito bem conduzidos. E então chega-se a um casarão de 1887, feito de pau-a-pique, com seus seis quartos, quatro salas, varanda, dois banheiros, despensa e cozinha (essa última parte é mais "moderna" e é de alvenaria).

Não há luxo, esse luxo das revistas, mas há um outro luxo, que pra mim é a verdadeira sensação de estar em um lugar especial. A começar pelas janelas. Imagine-se olhando por uma janela, dessas grandes de fazenda, e todo o espaço da paisagem é floresta. Um paredão de floresta! Mas não é porque você está dentro da floresta, não, você está num vale, é um lugar amplo, um pequeno pasto, alguns carneiros, alguns cavalos, mas que você só vê se chegar perto da janela.

Mas quer saber qual é a melhor parte? O banho! Um chuveirão desses de piscina, com muita, muita água, muito, muito quente, que vem lá da serpentina do fogão a lenha, mas que antes vem das fontes mais limpas e frescas. A vontade era de esquecer da vida... mas eu só fazia pensar mais nela... pensar em como as pessoas seriam mais felizes se pudessem tomar banhos assim, se pudesse viver em lugares amplos, se pudessem ouvir os sons da natureza e respirar ar fresco da mata.

Como não poderia deixar de ser, havia também uma imensa lareira, fartamente abastecida. Poltronas confortáveis, companhias alegres, comida boa.

Os dias foram chuvosos e propícios para desfrutar do casarão. Mas pudemos ter uma amostra das cachoeiras ao redor e no primeiro dia, ainda com sol, ninguém dispensou um banho gelado pra tirar o pó da estrada.

Às vezes eu penso que tenho aspirações tão modestas, principalmente quando as comparo com o mundo do consumo desenfreado... não quero as roupas da moda, não faço questão dos melhores restaurantes, não preciso de grandes hoteis, não coleciono sapatos, tenho meia dúzia de brincos e colares, nunca tive uma bolsa de couro... mas quando começo a pensar no que eu realmente quero, vejo que é de uma sofisticação e de uma preciosidade que a maioria das pessoas sequer desconfia...

Pois é amigos, devo confessar... minhas aspirações não são nada modestas! Mas pelo menos por enquanto o dinheiro ainda pode comprá-las... por enquanto...



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O que tenho aprendido sobre a formação de tumores

Pra começo de conversa, alguns esclarecimentos: nada do que você vai ler aqui vem do depoimento de algum médico (o que, sob certo ponto de vista, pode até conferir maior credibilidade às informações, se é que você me entende...); tampouco o que você lerá saiu da minha cabecinha, portanto, não me faça perguntas, nem me "ataque", pois realmente é bem provável que eu não tenha as respostas e os argumentos que você busca; por fim, um aviso que vale pra tudo, mas especialmente aqui: leia com atenção, faça seus julgamentos e tire suas conclusões... assim como comer enlatados não faz bem, absorver ideias "prontas" é igualmente prejudicial.

Então vamos lá! Achei muito interessante essa explicação sobre a formação de tumores e como sei que é algo que não se vê no Fantástico nem na Marie Claire, gostaria de compartilhar. Pode te soar meio estranho, ou simples demais (mas não se iluda!). Pelo sim, pelo não, não custa ficar atento.

Quem me deu essa explicação foi a Maria Grillo, grande amiga e muito entendida das coisas que fazem bem e das que nem tanto. Formalmente, a Maria é terapeuta e pesquisadora floral, tendo desenvolvido a linha Filhas de Gaia e fundadora do Instituto Mater Gaia, do qual faço parte, ainda que virtualmente.

Pois bem, tudo começa com algum conflito interno, geralmente de ordem emocional, mental, espiritual, enfim, algo não físico. Conforme a natureza do conflito ele vai afetar alguma parte do corpo físico e esse impacto se dá na forma de uma acidificação do local. Nesse ponto, pequena pausa: vale a pena entender melhor esse balanço do pH do nosso corpo, que, estando sadio, tende a ser mais alcalino. Esse site, embora bastante informal, traz algumas informações, dicas e receitas para tornar a dieta mais alcalina.

Então estamos na parte em que alguma região do corpo se tornou mais ácida. Esse local será propício ao estabelecimento de todo tipo de parasita que esteja circulando por nosso corpo (e pode estar certo de que eles estão! Quem fala muito sobre isso é a Sônia Hirsch, que tem diversos livros publicados, dentre os quais o Almanaque de bichos que dão em gente, que ainda não li).

Quando o parasita se fixa ele piora as condições do local, deixando-o ainda mais ácido. É praí também que vão as toxinas que a gente ingere, queira ou não, tais como metais pesados (provenientes de alimentos cultivados com agrotóxicos e de fumaça de escapamento... dá pra escapar?), petroquímicos (presentes em cosméticos, produtos de limpeza, comida industrializada, roupas sintéticas que vão liberando resíduos no nosso organismo, plásticos que embalam os alimentos mais orgânicos e saudáveis, que também vão liberando resíduos... um caos), drogas (lícitas, ilícitas, com ou sem receita médica)... enfim, algumas coisas a gente compra gato por lebre, mas pode crer que a maioria das toxinas temos plena consciência de que estamos ingerindo e eu nem precisaria dizer quais são.

Então a festa está formada: parasitas e toxinas. O quadro vai se agravando com a chegada de outros "bichos", como bactérias e sei lá o que mais, que vão fazer parte do ciclo de vida e decomposição dos excrementos dos parasitas! Argh! Daí pra formar uma bolinha "esquisita" é só questão de tempo... e pra esse bolinha ir ficando cada vez mais "esquisita", também. Segundo a Maria, todo tumor tem o "dedinho" de parasitas.

Listemos pois os personagens desse enredo:
- conflito;
- parasitas;
- toxinas.

Dá pra se livrar de algum deles?

Se você está lendo esse texto, significa que é minimamente "civilizado" e que, portanto, a resposta para você (e pra mim) é não. Ah, sim, a não ser que você seja iluminado e não tenha conflitos...

Mas, se os conflitos são inevitáveis e parte do nosso processo de evolução na Terra, se os parasitas estão por aí e são invisíveis e se as toxinas acabam chegando até nós, por mais cuidado que tenhamos, o que fazer?

Bem, se não podemos eliminar nenhum desses fatores, podemos minimizá-los, reduzindo a velocidade do processo e mantendo-o em níveis "aceitáveis".

Com relação aos parasitas a Sônia Hisch é enfática na necessidade de tomar vermífugos regularmente. Esses de farmácia mesmo, embora ela tenha grandes brigas com a indústria farmacêutica. Lembro, mais uma vez, que essa não é palavra de médico e que a automedicação é um risco que quem assume é quem faz. Me deixe fora dessa! Mas se quiser conversar com seu médico sobre isso, duvido que ele se oponha...

No mais, os conselhos da mamãe: lavar sempre muito bem as mãos, especialmente depois de mexer com animais domésticos e com dinheiro, que vai carregando os micróbios de todo mundo que pegou nele. Éca! Ah, e escovinha debaixo das unhas... é pra lá que os bichinhos correm. Lavar muito bem frutas e qualquer vegetal que vá ser consumido cru (uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água + 10 minutos + lavar em água filtrada ou mineral). Quanto a carne e peixe crus nem sei o que dizer... pra mim é fácil, eu não como :)

Agora é a vez das toxinas... e você vai ouvir de novo a musiquinha daquela tecla em que bato sempre, chamada "produtos orgânicos". Nem vou repetir a ladainha. Se é novidade pra você, lição de casa... vai pesquisar! Está com preguiça? Então é simples: consuma o máximo possível de alimentos orgânicos, procure cosméticos orgânicos, produtos de limpeza orgânicos (só assim você pode ter certeza que não levam petroquímicos). Recomendo a Cassiopeia e a Weleda. É caro? Bem, coloque nessa conta quanto vale sua saúde...

E pra evitar os petroquímicos, ficar longe o máximo possível de todo e qualquer plástico, inclusive e principalmente aqueles usados diretamente sobre o corpo. Ah, você não é a Lady Gaga e não usa roupa de plástico? Pois saiba que isso vale pra todo material "sintético" que, resumindo, é petróleo e é genericamente e carinhosamente apelidado por mim de plástico.

E os conflitos? Aposto que já gerei um monte deles em você com essas informações, não é? Então relaxa! Não vai pirar na batatinha, porque dessa forma você está piorando ali onde tudo começa, no conflito. Em todo caso, qualquer trabalho de autoconhecimento ajuda muito a identificar, entender e, quem sabe um dia, resolver os conflitos.

É amigo, viver não é fácil... mas adoecer é pior ainda ;)