quinta-feira, 12 de julho de 2012

Turquia - Parte II: conversando com Istambul


Com corpo e mente minimamente descansados conseguimos nos entender na cidade e vimos que nossa localização era melhor do que imaginávamos, dando para fazer várias coisas a pé (ainda mais pra nós, que estamos acostumadas a andar bastante e que gostamos de conhecer os lugares "palmo a palmo", ou passo a passo).

Estávamos equipadas com três guias, cada um com sua particularidade, um phrase book e também tínhamos lido e anotado várias coisas de blogs e sites, mas o que faz a diferença mesmo é mens sana in corpore sano!

Eu geralmente faço relatos de viagens cheios de detalhes, como que dando um roteiro para quem queira seguir meus passos, mas agora será diferente. Vou tentar falar algumas coisas que não vi nos guias e nos sites, porque os roteiros em Istambul são bastante óbvios a partir do momento que você tem um guia. E eu recomendo que tenha, então vou começar dizendo quais usamos:

- Lonely Planet: se você for uma pessoa normal e escolher levar "só" um guia, certamente esse é o melhor. Ele é leve (isso faz muita diferença do meio pro fim do dia!), tem muita informação, tem mapas detalhados e tem informações para quem viaja por sua conta e risco (afinal, se você for contratar uma agência e um guia humano, não precisará de um guia impresso...). As desvantagens são que tivemos alguns desentendidos com os horários de alguns estabelecimentos, mesmo o guia sendo bem recente (nov/11) e ele não é ricamente ilustrado, detalhe bobo mas que fez a criança aqui, que adora figuras, demorar pra se entusiasmar com ele. Portanto, se você é como eu, não se iluda e caia logo pra dentro do Lonely Planet!
- Guia Visual Folha - Turquia: esse sim é ricamente ilustrado (riquissimamente, eu diria) e o único que encontramos sobre o país inteiro, pois os outros só falam de Istambul. Mas ele é pesadão e pouco detalhado... ele pode ser bom pra planejar a viagem e ótimo pra ter na estante de casa e mostrar que você já foi pra Turquia, rs...
- Guia Adresses Istambul - Uma cidade fascinante: esse guia, composto por dois volumes, me foi emprestado pelo querido amigo Lino quando eu disse que estava vindo pra cá. Foi ótimo porque consegui ler muita coisa antes da viagem e ele tem um foco forte na parte histórica e cultural, o que ajuda a ir encaixando as peças que você encontrará pela frente. A desvantagem é que é direcionado pros "bacanas" então não tem informações detalhadas de serviços de transporte e as indicações de hoteis e restaurantes são para "outro padrão". Claro que se você é de "outro padrão", pode pular o Lonely Planet feinho e sem graça e ir direto pra esse glamuroso livro em forma de guia ou guia em forma de livro.

Com relação ao idioma, logo vimos que não seria assim tão impossível se comunicar, pois nas partes bem turísticas todo mundo se vira bem no "perfect english", mas é bom aprender algumas palavras em turco (mesmo porque é muito divertido! Principalmente pros turcos, é claro, rs...). A Ana ganhou um phrase book do Leo, que ele comprou num sebo, e foi bem útil. Tem também uma opção da série do Guia Visual, mas não cheguei a folhear.

A minha dica pessoal pra comunicação em inglês é usar palavras chave, ao invés de frases inteiras e completinhas do jeito que a teacher ensinou. E fazer um sotaque mais parecido com o deles também ajuda... claro que você vai encontrar pessoas que falam inglês de verdade, aí você pode gastar sua proficiência sem dó!

Ainda nessa área, cuidado com a ilusão da "privacidade idiomática"... muitos vendedores entendem e falam um pouco de português e espanhol e não é difícil topar com brasileiros ou pessoas de outros países que falam português. E eles sacam de onde a gente é, pois o Brasilzão velho de guerra é um ídolo mundial, todo mundo faz exclamações alegres sobre o "Bresília" e os papos de futebol, carnaval e samba não demoram a aparecer!

Bom, mas minha dica de ouro e jade otomana pra conversar com Istambul é estar descansado. É não dar uma de turista maluco, é se permitir entrar no ritmo da cidade, é respeitar seu corpo para deixar que ele lhe conduza às experiências inesquecíveis dessa cidade que é uma verdadeira viagem no tempo, por muitos e muitos tempos. Sim, esse conselho cai no "faça o que eu digo, não faça o que eu faço", ou fiz... mas depois não diga que não avisei!

Ah, e pra conhecer a cidade sem pressa, sem grandes sacrifícios e com tempo pra comprar muitos presentinhos o ideal seria ter pelo menos seis dias inteiros (fora o que você chega e o que você vai embora). Claro que entre o ideal e o real existe uma grande distância, mas o importante é saber quanto tempo você tem, listar as prioridades e desapegar do que ficou de fora (e essa é a parte mais difícil! Já tenho uma listchenha para a "próxima vez"...).

Veja as fotos aqui.

2 comentários:

  1. Carolina, gostei do seu blog =)
    Eu tenho um também e era só um brechó, depois fui postando textos, vídeos e histórias de viagens.

    Como você disse, tomou corpo o negócio e quando vem a inspiração, a gente escreve =)

    Te achei ao procurar no google sobre relacionamento agradável e caí no post que você fala sobre feedback. Achei legal e bem leve a forma como você expõe os assuntos.

    Um abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada! Bom saber que o Google sabe que a gente existe, hehe!

      Fiquei muito feliz com seu comentário!

      Abraço.

      Excluir