quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Conforto ou Liberdade?


Nunca tive dúvida sobre a resposta pra essa pergunta... e acho que conscientemente todo mundo opta pela liberdade - ou não, afinal, tem gosto pra tudo!

Mas em níveis sub conscientes tenho certeza de que a maioria das pessoas - maioria na qual me incluo - acaba barganhando, vez ou outra, sua liberdade em troca de conforto. E o conforto é tão... confortável! (o que é uma armadilha sem tamanho pra uma taurina com tendências preguiçosas!)

E por saber disso vivo me policiando pra não virar aquela vaquinha gorda ruminando na sombra. A sombra tão confortável e acolhedora, que não demora a trazer a ideia de que estar na sombra não quer dizer que eu não tenha liberdade, pois quando eu quiser posso sair, não estou presa...

Sinal de alerta! O pior cativeiro é o que nos é imposto por nós mesmos. E isso acontece em níveis sub conscientes, chegando ao plano consciente totalmente mascarado (por que a gente faz isso?!?!).

Toda essa história me fez concluir que pra usufruir da liberdade é preciso investir uma certa energia.

É preciso correr alguns riscos. E quando corremos riscos, às vezes dá certo, às vezes não dá. E quando não dá, tem que dar conta do prejuízo.

É preciso dar a cara a tapa. Às vezes a gente apanha; às vezes ganha um beijo...

Não pode ter medo de errar, mas tem que ter cuidado para errar cada vez menos.

Tem que estar preparado pra chuva e pro sol. Mesmo que o preparo seja só psicológico (nem sei por que escrevi "só" psicológico, pois é muito mais fácil carregar uma capa de chuva do que manter o bom humor estando molhado e com frio!).

Tem que saber que as paisagens mais lindas geralmente - geralmente, não sempre - demandam as mais árduas caminhadas.

Tem que levar ao pé da letra o dito popular "antes só do que mal acompanhado". Tem que abrir mão das companhias confortáveis que tolhem nossa liberdade. Isso vale pra emprego também...

Ou seja: dá trabalho pra caramba!!!

E por isso às vezes optamos pelo conforto... tem momentos em que precisamos de conforto, pra repor as energias, pra ser cuidado, pra cuidar. E não digo que quem tem conforto não tem liberdade... mas que precisa de atenção, ah isso precisa, porque pode ser que quando você se der conta, já não "queira" mais desbravar os horizontes e se contente com a poltrona do papai e o jantar à mesa.

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