terça-feira, 9 de agosto de 2011

Jalapão e Chapada dos Veadeiros - Parte 8 de 10: custos

É, a história tá rendendo... eu sempre arrumo um jeito de esticar as viagens e escrever sobre elas pra mim é a melhor forma! Dá pra estender tanto antes quanto depois, rs...


Mas então vamos lá. Quanto custa ir pro Jalapão?! Bem, depende... se você for com o Korubo fica em R$ 2.500,00 + passagem até Palmas (TO), um roteiro de 7 dias. E se você for com a gente =D fica em... tchã-rã-rã-rã...

Transporte:
O ponto de partida e chegada foi Itu (bem melhor do que Palmas, hein? rs...). Combinamos um valor por km para a Dalva, referente a manutenções gerais do carro como pneus, óleo, filtros, rebimbocas, seguro... esse valor foi de R$ 0,45/km + diesel + pedágios. Isso tudo ficou em R$ 693,00/pessoa.

Hospedagem:

Uberaba: Hotel Albatroz - R$ 100,00/casal
Pirenópolis: Pousada Dona Geni - R$ 90,00/casal s/ café da manhã
Arraias: Pousada Boi Carreiro - R$ 60,00/casal
Pote Alta: camping selvagem - R$ 20,00 de gorjeta pro vizinho :)
Mateiros: camping Rio Novo - R$ 10,00/pessoa
Palmas: Hotel Estrela - R$ 100,00/casal
Cavalcante: camping Canto do Brasil - R$ 12,00/pessoa
Brasília: Hotel Aristus - R$ 165,00
Uberlândia: Hotel Sara - R$ 89,00
TOTAL: 854,00/casal ou R$ 427,00/pessoa (desde que você tenha alguém pra dividir o quarto...)

Alimentação:
A nossa compra de supermercado, incluindo as iguarias mil da Zona Cerealista ficou em R$ 148,00/pessoa. Em restaurantes eu gastei mais R$ 262,00, então dá pra dizer que é possível passar muito bem no Jalapão (e Chapada e Palmas e Brasília) com R$ 410,00 mais a Ana =D (ah, na conta de restaurantes considere que eu não como carnes, então se você for fã de um peixinho ou churrasco pode colocar uma gordura nessa conta, com o perdão do trocadilho!). Aqui também não entram gastos com bebidas alcoólicas.

Passeios:
TUDO paga, cinco reais, dez reais, vinte reais... no dia que ficamos sem a Dalva tivemos que alugar o carro do S. Antonio, que foi R$ 1,80/km (incluindo o Diesel) e ficou em uns R$ 60,00/pessoa. Abaixo quanto custa pra conhecer cada uma das maravilhas:

Pirenópolis: RPPN Vargem Grande - R$ 20,00
Alto Paraíso: Cachoeiras das Loquinhas - R$ 12,00
Ponte Alta: Cachoeira Brejo da Cama - R$ 5,00
Mateiros:
Rio Novo - R$ 5,00 (é o valor que você paga pra entrar no camping, fora a hospedagem. Taxa única, independente do número de dias que você fique)
Dunas - R$ 5,00
Fervedouro - R$ 5,00
Cachoeira do Formiga - R$ 5,00
Cavalcante:
Cachoeira Sta. Barbara e Capivara - R$ 10,00 para entrar + diária do guia (R$ 50,00, dividido no grupo)
Cachoeira Rei do Prata - diária do guia: R$ 80,00 (dividido no grupo)
Ponte de Pedra - diária do guia: R$ 80,00 (dividido no grupo)
TOTAL: R$ 97,00/pessoa + aluguel do carro (imprevisto...) = R$ 157,00/pessoa

Passa a régua: Transporte + Hospedagem + Alimentação + Passeios = R$ 1.687,00/pessoa para 15 dias.

Dá ainda pra gastar mais um tantinho em compras... Em Pirenópolis tem lojinhas e mais lojinhas, mas como estava no começo da viagem não nos empolgamos muito, mesmo porque nem ia caber no carro. Mas vale a pena mencionar a loja Tertúlia - produtos culturais, onde gastei algumas notas. No Jalapão tem o indefectível capim dourado, a preços bem acessíveis (não vou contar porque dei alguns de presente, huiuhahahaha!). Em Natividade tem os biscoitinhos por R$ 5,00. E só... tudo bem que o perfil do grupo não era dos mais compradores, mas realmente não tem muito onde gastar dinheiro. Um artesanato aqui, outro ali (o fato de não caber nada no carro ajuda bastante a controlar os gastos, hehe!).

Levar dinheiro trocado é uma boa e no Jalapão não conte com cartões (vi essas dicas em sites antes de ir e elas procedem!). No Jalapão, tendo um GPS não precisa de guia, mas na Chapada o Gepeto não manda muito e alguns lugares, como a comunidade Kalunga, é obrigatório estar acompanhado por um guia. O passeio do Rei do Prata, como já mencionei antes, também pede um guia experiente. É só se informar no Centro de Atendimento ao Turista que eles costumam ser bem sérios e organizados. Os valores de diárias são meio padronizados de acordo com os passeios. Eu, de forma geral, não gosto muito de fazer passeios com guia, mas de vez em quando é bom, você sempre aprende mais sobre a região, além da distribuição de renda, que também é importante levar em conta ;)

Sobre custos ainda vale mencionar que é fundamental o grupo estar bem afinado com relação ao padrão dos gastos. Isso evita estresse na hora de escolher restaurante e hotel, principalmente. No nosso caso não teve nenhum acordo formal (mas tivemos conversas sobre custos antes, então todo mundo estava mais ou menos preparado) e tudo fluiu maravilhosamente bem, mas uma das frases mais repetidas na viagem foi: Precisa ver se o Departamento Financeiro aprova! Brincadeira e tiração de sarro, porque ninguém estava "contado moedinhas", mas 200,00 pra uma noite num hotel o Departamento Financeiro definitivamente não aprovava, rs... por outro lado, depois de passar dias e dias cozinhando num acampamento, sem gastar um tostão, ninguém estava preocupado com o preço do restaurante (ainda mais porque dava pra pagar com cartão, huiuahaha!).

Ter um certo conforto financeiro durante uma viagem ajuda a torná-la mais leve. Eu já viajei algumas vezes com dinheiro bem contado e só uma vez esbanjando (lua de mel, é claro, hehe!). Acho que me acostumei ao meio termo, de ter dinheiro suficiente, mas sem luxos. Luxos também são relativos, por isso digo que o grupo precisa estar de acordo sobre o que é luxo, o que é necessidade e o que é conforto básico.

Resumindo: valeu cada centavo e não consigo imaginar NADA que eu pudesse fazer com R$ 1.687,00 que me desse mais prazer, mais alegria, mais histórias pra contar, mais fotografias lindas, mais momentos de reflexão, aprendizado e crescimento do que essa viagem. Viajar, pra mim, é sim o melhor investimento!

Fotografias:
O resgate da Dalva: tudo vira festa! E Natividade, a princesinha do Tocantins: Picasa.

Cenas do próximo capítulo:
Lixo e meio ambiente! Ou você achou que ia ser só farra?!

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