terça-feira, 2 de agosto de 2011

Jalapão e Chapada dos Veadeiros - Parte 6 de 10: alimentação


Nossas viagens e acampamentos tem um glorioso histórico de altos rangos e dessa vez não foi diferente! Para sorte da equipe a Ana entrou de férias uma semana antes da viagem e pode fazer uma excursão pela Zona Cerealista de São Paulo (e pela Santa Ifigênia, e pela Florêncio de Abreu, e pela 25 de Março...).

No dia da viagem nós nos reunimos em Itu e fizemos a compra de supermercado. Como a ideia era acampar a maior parte do tempo e em lugares inóspitos, levamos todos os apetrechos para cozinhar e muita, muita comida (na verdade não teve muito exagero, mas como foi comida para cinco pessoas, durante duas semanas, dava a impressão de ser muita, muita coisa).

Comemos em alguns restaurantes, mas em geral comíamos melhor no acampamento... ainda mais porque eu e a Pri não comemos carnes e as adaptações nem sempre existem...

Segue a lista de restaurantes:

Restaurante Serrinha (beira de estrada, logo que entra em Goiás, indo pra Goiânia): comida de fogão a lenha com bastante opção sem carnes
Restaurante Aravinda (Pirenópolis): tem uns risotos diferentes, também com ótimas opções sem carne. Os pratos são individuais, mas muito bem servidos
Restaurante Piqui de Piri (Pirenópolis): fica meio escondido, fora do circuito central de restaurantes badalados, mas vale a pena. O ambiente é muito gostoso, os donos uma simpatia e a comida é ótima!
Não lembro o nome do restaurante que almoçamos em Alto Paraíso, mas é só perguntar pelo tambaqui a pururuca da Néia. Os não carnívoros passam muito bem por aqui e as sobremesas são tentadoras, como o bolo quente c/ sorvete.
Restaurante e Pousada Boi Carreiro (Arraias): fomos muito bem atendidos e rolou até uma sugestão de receita de um macarrão com abóbora que, dada a nossa fome, estava delicioso ;)
Restaurante (e Pousada) Beira Rio (Ponte Alta): fica bem de frente para a praia, o que pode ser uma grande desvantagem, porque tinha um infeliz com um som ensurdecedor no carro. Mas a comida é boa e tem picolé de cupuacu por 1,00 (ou então você vai até o mercadinho e paga 0,75, hehe)
Em Palmas um amigo do pai do PC que mora lá e foi um dos nossos grandes anfitriões da viagem, o Donizete, nos levou no Muralha Chinesa, que tem comida chinesa e japonesa por quilo a um preço bem honesto.
Em Cavalcante almoçamos na comunidade Kalunga. Comida de fogão a lenha, com ovinho frito, hum... Pra nossa sorte estava tendo quermesse na cidade e tinha o melhor pastel que já comi na vida! Depois "esticamos" na cervejaria artesanal Aracê, onde tem umas comidinhas chilenas interessantes.
Já na volta para Brasília paramos na Pamonharia Veredas e foi uma das melhores coisas que fizemos na viagem! Na ida vimos vááááárias pamonharias e não paramos em nenhuma. O Pablo, que nunca tinha comido pamonha, já estava quase desistindo, mas valeu a pena esperar!
Em Brasília jantamos na pizzaria Fratello Uno e todo mundo se desmanchava em elogios ao lugar, ao atendimento e à comida, é claro. Recomendadíssima!!!
No dia seguinte almoçamos com o nosso amigo Briozo, que trabalha no INCRA, e nos sugeriu o Restaurante Terra Viva. Comida vegetariana muito boa, com um farto buffet e uma torta de cupuaçu deliciosa!
O jantar foi em Uberlândia, no Seo Chico, o único restaurante perto do hotel. Esquemão família, com muita comida e preço baixo!

Agora vem a parte mais legal, que é o nosso cardápio do acampamento, chefiado pela Ana, mas com contribuições de todos:


Na primeira noite acampando, que foi o nosso camping selvagem rolou um risoto de alho poró com tomate seco (vai vendo...). E é risoto de verdade, viu, com arroz arborio!
Depois, no camping Rio Novo teve um macarrão ao pesto, que a Ana já tinha levado pronto. Essa foi a nossa comidinha zás-trás de acampamento ;)
No dia seguinte uma refeição completíssima, na qual contamos 16 ingredientes ao todo! Arroz com abóbora, mandioquinha e curry, lentilha, ovo mexido, salada (tomate, beteraba, cenoura) e farofa;
Depois foi a vez do cuscuz marroquino com palmito, cenoura, azeitona, uva passa, castanha de caju e pimentão;
Na sequência teve um arroz com lentilha, tabule e purê de inhame;
Esse jantar foi especial, pois o S. Antonio e a D. Milma, donos do camping, foram jantar conosco: macarrão com molho de tomate pelado, abóbora, azeitona preta, alecrim e alcaparra (massas de grano duro, é claro);
Pra finalizar a estadia no Rio Novo comemoramos com uma bela Feijuca! Na verdade duas: uma com carne e outra sem (com ricota defumada apimentada)! Acompanhamentos: abóbora, arroz, vinagrete e farofa. Os convidados da noite foram os nossos salvadores, motoristas do guincho e do táxi, S. Elso e Alberto;
O jantar no camping Canto do Brasil, em Cavalcante, teve quinua com abobrinha, pimentão e cenoura, berinjela com jiló, lentilha e salada (milho, tomate, atum (pra quem come), azeitona e cebola roxa). Deve ter batido o recorde de número de ingredientes!
Na noite seguinte um risoto de funghi (esse mais autêntico ainda, com caldo de legumes feito na hora - nada de tabletinho!!! - e vinho branco) e pra acompanhar um quiabo ao alho e óleo. Chique demais!!!
Encerrando as festividades teve um macarrão com molho de tomate, creme de leite e abobrinha e salada de milho, tomate, beterraba e cenoura. Almocinho rápido antes de ir embora ;)

Para os lanches nós levamos: polenghinho, frutas secas (pêra glaceada, damasco, ameixa, abacaxi, uva, banana, castanhas de caju e pará), bolachas (gergelim, club social, negresco, passatempo), goiabinha, nutry, salgadinhos (rufles, pringles, cebolitos, doritos, torcida jalapeño, stiksy, baconzitos, piraquê presunto e gergelim), gorgonzola, salame, queijo minas padrão, pão sírio, pão integral, biscoito de polvilho e as frutas: banana, maçã, melancia, abacaxi, além dos chocolates, é claro!

E de café da manhã: granola, fibras, mel, geléia, manteiga (Aviação em lata), requeijão, café, leite em pó, nescafé, sucos concentrados de maracujá e caju, chai, chás, pão integral, bisnaguinha, banana, maçã e ovos mexidos (no camping Rio Novo, ovos caipiras!).

Essa história de que comida de acampamento é miojo e outras porcarias prontas cheias de glutamato não cola! Mesmo que você não tenha experiência com a alta culinária, é perfeitamente possível fazer um macarrão com um molho decente! Lentilha é uma ótima opção, pois cozinha bem rápido, se comparada com feijões (ah, a feijuca foi com feijão cozido que vem numas embalagens longa vida... eu nunca tinha visto, mas não tem NADA a ver com feijoada em lata... é só feijão cozido mesmo e aí você tempera como quiser).

Foi a primeira vez que usamos fogareiro a gás e está aprovado. Geralmente usamos o fogareiro a álccol Montana, que é mega prático, pequinininho e eficiente, mas ter duas bocas (sendo uma delas praticamente um maçarico) ajudou bastante!

Levamos alguns vegetais frescos de Itu e em Palmas reabastecemos a dispensa. No Jalapão é bem complicado comprar comida, mas em Cavalcane é tranquilo, tem vários mercadinhos... só não reparei no preço, pois a gente realmente não precisou de nada lá (só gelo e cerveja, na verdade...).

Cozinhar no acampamento proporciona uma economia enorme, é muito barato! Mas por outro lado, prestigiar a culinária local também é importante... além de ser uma distribuição de renda, contribuindo com a galera que vive do turismo. Por isso que em Cavalcante a gente almoçou nos Kalunga e a noite fomos na quermesse e na cervejaria Aracê. No Rio Novo também teria a opção de comer por lá, mas aí seria bem mais caro e estávamos com muita comida.

Ter bastante coisa de lanche ajuda a gastar menos nas paradas da estrada (que não são poucas). Fora o detalhe que nos passeios quase nunca tem onde comer (sabe aquele pastelzinho na beira da praia?! Esquece!). Levamos coisas "naturebas", como frutas secas e castanhas, mas também muita "porcaria", afinal, ninguém estava fazendo retiro de desintoxicação, rs... só o Pablo que não se conformava como a gente conseguia comer "essas bolachas de criança!".


Fotografias:
Segue agora a seção das dunas do Jalapão, paisagem impressionante! Picasa.

Cenas do próximo capítulo:
Passeios! O bom é que sempre "sobra" coisa pra próxima vez!
 (Cachoeira da Velha... essa é uma que ficou pra próxima...)

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