segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mas poxa vida!

Maspoxavida é o nome do vlog (um blog com vídeos) do PC Siqueira. Ele está no ar desde março desse ano e já faz bastante sucesso. O primeiro vídeo que vi foi um onde ele fala do Rebolation. Assista! Só digo que se você gosta de Rebolation talvez não goste do vídeo, se você não gosta vai adorar e se nem sabe o que é isso, provavelmente vai gostar também!

Depois comecei a assistir os outros vídeos e gostei de todos, tô viciada, rs... Eu gosto do jeito mau homorado e escrachado dele, que passa uma sinceridade e autenticidade tão grandes, que nem dá pra se ofender... é engraçado porque, apesar de ser agressivo, não agride (?!). Bom, não agride a mim, que penso como ele...

Eu queria que o Aralume fosse assim, e as vezes até "chuto o pau da barraca", mas no fundo eu sei que não é chutando paus de barraca que a gente vai construir convivências harmoniosas. Eu fico entre a sensação de que é preciso destruir tudo, porque consertos só geram remendos mal feitos; e a sensação de que "destruição gera destruição" e nessa onda nunca conseguiremos construir nada.

Mas eu sempre fico feliz quando encontro pessoas que dão essa vazão que eu gostaria. Já falei aqui do Bruno Mazzeo, que faz o Cilada... bem mau humorado também. Não dá pra ser bonzinho o tempo todo. Ok, quem me conhece sabe que eu não sou "boazinha" praticamente nunca. Eu tenho feito um exercício constante de me policiar para evitar o confronto, para não estourar, para não enfiar a mão na buzina no trânsito, para não levantar a voz, para não falar sem pensar... ai, como cansa!!!

A questão toda é não reprimir, mas refletir. Porque se a gente reprime, coitado do infeliz que cruzar o seu caminho na hora que cair aquela famosa gota d´água! Quando a gente reflete, medita (meditar no sentido estrito da palavra, que é sinônimo de pensar, e não aquele exercício que tem como objetivo exatamente o contrário, o não pensar - vai entender...), mas enfim, quando a gente consegue se colocar como observador, vê como aquela atitude só ia gerar prejuízos. No calor da hora nem sempre é possível... mas com o tempo a gente vai pegando a prática. Só que cansa mesmo, porque você tem que estar "sempre alerta", isso consome energia.

Aí tem que arrumar um meio de repor essa energia, e meios também de dar vazão àquele sentimento que iria desencadear uma reação, digamos, explosiva. A arte costuma ser uma boa forma, o esporte também - tanto para recarregar as baterias, quanto para expressar uma "raiva mal resolvida". Como não tenho lá muitos dotes artísticos - além deste que você usufrui e que é pra mim uma grande vazão - gosto de apelar de vez em quando pro esporte. Ah, como é bom correr! É um esvaziar-se... e esvaziar-se é tão bom, a gente vive se enchendo tanto de coisas... de comida, de informação, de consumo, de roupa, de compromissos... esvaziar de vez em quando é mais do que um prazer, é uma necessidade.

Uma vez eu li num livro do Osho, e em outros depois, que a meditação - agora aquela do exercício de não pensar - ocorre quando espectador, objeto observado e o ato de observar tornam-se um (?!); quando corro bastante, ou quando nado bastante, chego bem próximo disso. Não existe a Carolina, não existe a corrida, não existe o chão, existe o correr; não existe a Carolina, não existe a braçada, não existe a água, existe o nadar.

Nossa, nem sei como vim parar aqui, hehe. Mas assite lá os vídeos do PC e você vai ver que ele também vai embolando os assuntos e vai perceber que me estilo deu uma contaminada! ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário