terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mais praia


Inaugurando a série "atendendo a pedidos", é com grande prazer que retomo as lembranças dessa viagem. Na verdade, as lembranças que ficaram são as boas, mas passei uns maus bocados entre Maceió e Recife, no percurso que fizemos de bicicleta.

O plural se refere ao PC, meu então namorado, atual marido e ao Fred nosso então amigo, atual "cumpadre". Não lembro direito como o plano começou, mas primeiro resolvemos que seria uma viagem de bicicleta, depois que seria pelo nordeste. Primeiro pensamos na Linha Verde e foi quase que em cima da hora que o Fred veio com a ideia do trajeto Maceió-Recife. Bendita hora! Mais tarde veríamos que a Linha Verde seria a maior roubada!

O planejamento começou uns seis meses antes da viagem - que aconteceu em julho/2006 - e foram muitas horas de internet e academia. As pesquisas na net foram fundamentais e descobrimos que muita gente já tinha feito esse caminho. O principal site foi o Clube de Cicloturismo (http://www.clubedecicloturismo.com.br/), que me deixa até doente de vontade de viajar! Foi por lá que descobrimos a Ararauna (http://www.ararauna.esp.br/), uma empresa especializada em mochilas e cia. para quem viaja de bike. No fim compramos os alforjes da Curtlo, mas o PC comprou uma mochila própria pra câmera fotográfica com eles que é muito boa e fica presa no guidão. Ah, aliás, nem pense em pedalar com mochila nas costas! Os alforjes são fundamentais.

As pesquisas na net, portanto, tiveram dois focos: o roteiro e assuntos diversos sobre viagens de bicicleta. Sobre esse segundo, as opiniões são as mais variadas, mas depois que eu fiz outras viagens de bike (vide lua de mel, descrita na postagem "Pra (re) começar"), vi que essa primeira foi como o primeiro filho. Embora eu não tenha filhos, dizem que com o primeiro filho a gente tem um excesso de zelo e peca pelo exagero. Pois é, a gente carregou um mundo de ferramentas, remendos, etc, que das outras vezes vi que não seria assim TÃO necessário. Mas claro, avalie seu percurso para ver se terá a quem recorrer, ou se precisará levar tudo. E se a conclusão for que é melhor levar, lembre-se de um detahe: não basta ter, tem que saber usar ;). De qualquer forma, é sempre bom estar preparado pra um pneu furado.

Sobre o roteiro, a primeira e vital recomendação é consultar a tábua de marés. Como a maior parte do percurso é pela praia (ô delícia!!!), faça a programação de pedaladas nas marés baixas. Tem pontos que com maré alta é simplesmente impossível passar e isso pode tornar-se perigoso. Ah, é importante passar uma água doce nas magrelas todo fim de dia, mas sem exageros, só pra tirar sal e areia. Um óleo lubrificante na corrente vai bem, mas pouquinho, senão já viu a meleca no dia seguinte quando cair na areia de novo.

Com relação aos pernoites, para nós a melhor opção foi ficar em pousadas. Na primeira noite dormimos em rede, num restaurante (!), mas foi muito "penoso" e acabou comprometendo a pedalada. No quesito hospedagem o guia do Ricardo Freire foi excelente (http://www.freires.com.br/). Aliás, virei fã e não vou ao nordeste sem checar todos os pontos do roteiro com ele (ok, só fui duas vezes pro nordeste :( mas espero poder usar o guia mais vezes!).

Pontos imperdíveis do percurso são a Praia do Toque, em São Miguel dos Milagres, e a Praia de Carneiros, já em Pernambuco. Eu tinha várias fotos da viagem no Flickr, mas há duas semanas estou tentando entrar e não consigo... no álbum do Picasa (fotos de viagens, lá no rodapé do blog) tem umas fotinhos dessa, pra não passar em branco.

Ah, quando eu disse que passei horas na academia, também foi um exagero de primeira viagem. A pedalada foi suuuuuuuuuuuuuper tranquila, pedalamos em média uns 30 km por dia, num ritmo sossegado e percurso plano. Mas as horas de ginástica nunca são perdidas, ainda mais quando as companhias de viagem são dois rapazes... o ritmo é outro, rs...

E, dica final: não chegamos em Recife pedalando, pois várias pessoas disseram ser perigoso. Em Tamandaré alugamos uma van (luxo máximo, hehe), que nos deixou na casa do nosso amigo, o Diogo, que na época morava em Boa Viagem.

Recomendo fortemente esse roteiro, mesmo para cicloturistas iniciantes (que era o nosso caso), é uma viagem deliciosa! Os "perrengues" que falei lá no início, foram alguns contratempos gastrointestinais, se é que me entendem ;) + uma crise alérgica por conta de um gato de uma das pousadas :S + uma inflamação de garganta em Recife, que me fez perder o passeio em Olinda :( e ganhar um passeio pelo hospital :( :( :(
Fora isso, foi tudo mil maravilhas :)!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Se eu só pudesse ter um artista no meu iPod


A situação é tão hipotética que eu nem iPod tenho. E quando tiver certamente irei recheá-lo com muitos e muitos artistas, que artista bom é o que não falta nesse mundo!

Mas essa frase veio de forma espontânea, meio que como uma declaração de amor, para resumir a minha paixão por esse cara, o Gilberto Gil. Sim, se eu só pudesse ter um artista no meu iPod, seria ele, sem dúvida!

Primeiro porque o Gil é alto astral e esse é um requisito cada vez mais forte para minhas companhias, sejam elas em forma de música, vídeo ou carne-e-osso (principalmente essa última). O Gil me traz alegria! Vide Realce, "quanto mais purpurina, melhor!". E o Kayagan Daya, então? Total alto astral!

Outro motivo é que ele filosofa, traz conteúdo, mas de uma forma tão suave, leve. O álbum Quanta, que foi inspirado na ciência e traduzido para a arte, concentra essa característica. E clássicas como A Raça Humana (a raça humana é o cristal de lágrima, lavra da solidão, da mina cujo mapa traz na palma da mão), Tempo Rei (não me iludo, tudo permanecerá do jeito que tem sido, transcorrendo, transformando...), Se eu quiser falar com Deus (... tenho que ficar a sós). Taaaaaaaaaaaaanta música!

E agora que sou agricultora, lembrei de uma que eu adoro: Se os frutos produzidos pela terra, ainda não são, tão doces e polpudos quanto as peras, da tua ilusão, amarra o teu arado a uma estrela, e os tempos darão, safras e safras de sonhos, quilos e quilos de amor.

E tem mais uma característica fundamental: ele passeia por vários ritmos, desde o Punk da Perifeira até De onve vem o Baião?. Não tem como enjoar!!!

Eu até queria ficar aqui, garimpando letras e ouvindo músicas, mas a vida de blogueira anda apertada e minha intenção não é ficar analisando a obra do Gil, cruzes, nem pensar! Tem que ouvir mesmo, com os ouvidos e com o coração!

Ah, e fica a dica do filme "Os Doces Bárbaros", que conta a história dessa banda extraordinária, que surgiu por ocasião da comemoração dos 10 anos das carreiras individuais de Gil, Caetano, Gal e Bethânia. É, fica difícil falar no Gil sem falar dessa trupe! E se me fosse concedido ter mais alguns artistas no iPod, eles entrariam fácil. E o Chico, é claro... ah, o Chico [suspiro]... qualquer hora eu falo dele ;)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Google Maps


Será que alguém ainda desconhece essa ferramenta? Os hi-techs que me desculpem, mas minha vida mudou tanto com o advento do Google Maps, que acho que vale a pena uma divulgação!

Ainda estou descobrindo os recursos, mas basicamente ele aponta endereços e, tchã-rã, traça rotas entre locais de interesse. Funciona assim: você entra no site (abra o bom e velho Google e clique no link que tem no canto superior esquerdo: "mapas") e digita um endereço. Aparece o mapa do local com um marcador no endereço (pode ser um endereço completo, ou o nome de uma cidade, por exemplo, para localizações mais genéricas).

Se você clicar no marcador, aparece um balãozinho com algumas opções e a que mais uso é a "Como chegar". Você escolhe "Até aqui" ou "Daqui", porque muitas vezes - ainda mais em se tratando de grandes cidades - o caminho de ida não é igual o caminho de volta ;)

O trajeto é realçado em azul, com indicação da distância e opções para deslocamento de carro, a pé ou de transporte público, para alguns locais. Eu geralmente sigo o caminho que ele indica, mas se você conhecer minimamente a região, pode alterar a rota, clicando nos vértices e arrastando. Mas não tente andar pela contra-mão, que ele não deixa!

Se você tiver uma conta do Google, pode salvar os mapas, personalizá-los e compartilhá-los com seus contatos. Para isso, esteja "logado" e clique na aba "Meus mapas"... vai procurando, mexendo, descobrindo.

Tem também opções de impressão, incluindo mapas e explicações; opção de mandar o mapa por e-mail, direto do site; e um jeito de copiar o link. Veja as abas no canto superior direito do mapa.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Vem chegando o verão!


Tudo bem, o verão propriamente dito só começa no fim de dezembro, mas esse mês começa o horário de verão (dia 18) e, apesar do clima estar cada vez mais maluco, as temperaturas sobem e bate aquela vontade de ir pra praia!

E essa vontade me lembrou a Aroeira (http://www.aroeiraoutdoor.com.br/), uma empresa dedicada ao caiaque oceânico, que realiza cursos, viagens e expedições pela costa brasileira, com roteiros para todos os públicos. Desde que goste de remar e de mar! Se bem que tem também um passeio na represa Atibainha, indicado para os novatos irem se acostumando com as técnicas.

Eu "namoro" o cardápio deles há quase três anos e até agora não consegui embarcar em nenhuma viagem :( mas conheci pessoalmente o Christian Fuchs, um dos sócios, na remada que fizemos no Dia do Tietê em 2007, encarando suas tristes águas entre a ponte Cruzeiro do Sul e das Bandeiras. Mas isso é assunto pra outra hora...

O Christian também aparece de vez em quando em publicações como Terra e Go Outside, contando suas peripécias, como a travessia Salvador-Recife e a Recife-Fortaleza. Esses relatos você também encontra no site deles, com fotos de dar água na boca. Água salgada, diga-se de passagem!

E por falar em água salgada, as próximas viagens serão para o Saco do Mamanguá (foto que ilustra essa postagem), agora no feriado de 12/10. Se correr acho que ainda dá tempo! E no feriado de 02/11 tem a viagem pra Ilhabela. Maiores detalhes, no site. Se você for, não esquece de voltar aqui e deixar o seu relato!