terça-feira, 23 de junho de 2009

De feriado em feriado


Logo teremos mais um feriado (pelo menos os paulistas...) e gostaria de divulgar um lugar muito especial, que conhecemos no feriado passado e que foi descoberto pelo PC entre a infinidade de pousadas da região.

É a Fazenda Boa Vista, que fica na Serra da Mantiqueira, no município de Bocaina de Minas, bem perto da muvucada Visconde de Mauá. A fazenda possui uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural - uma categoria de Unidade de Conservação prevista na legislação federal), com uma floresta linda. Como opções de hospedagem tem uma pousada, um chalé e uma casinha. Nós ficamos na pousada, que é uma casa bem confortável, com lareira, fogão à lenha, cozinha completa (não tem restaurante e fica meio longe da cidade, então o legal é cozinhar por lá), sala de TV com vídeo e DVD, sala de leitura e sauna. Além de uma vista de tirar o fôlego.

A subida para chegar na pousada também é de tirar o fôlego e tem que ser feita a pé. Combinando previamente os horários de chegada e partida, o transporte das bagagens é feito por um cavalo, o que ajuda bastante. Mas de qualquer forma, é um esquema de hospedagem para um público bem específico, que esteja disposto a abrir mão de certos confortos, para desfrutar de um lugar mais preservado, limpo e silencioso.

Os donos da fazenda, o Lino e a Nívea, são ótimos anfitriões e estão na região há uns 30 anos, então se quiser saber mais sobre o lugar vale a pena puxar a cadeira pra um dedo de prosa.

O site é http://fazendaboavista.com.br/ e o contato mais rápido é por e-mail (fbv@fazendaboavista.com.br). O telefone é (24) 9983 2751 e funciona pouco...

Se você se animou com a proposta, embora eu já tenha dado várias dicas, vale a pena olhar cuidadosamente o site, como sempre recomenda a Nívea aos novos visitantes!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Interdependência

Recebemos ontem a revista Trip desse mês, e o tema da edição é Interdependência. Ainda não li a matéria inteira, mas pelos parágrafos que captei enquanto tomava café, já deu pra ver que mais uma vez os caras acertaram. É urgente nos darmos conta do quanto somos interconectados, e não apenas entre os seres humanos, mas entre todas as formas vivas e não vivas do planeta.

O caos na economia reflete um caos geral na humanidade, que por sua vez está gerando um caos no mundo inteiro. Eles citam o exemplo da tal gripe suína (sem eufemismos de influenza sei-lá-o-que, pelamordedeus, a gripe é suína sim!). A questão para resolver essa epidemia não é gastar fortunas para descobrir uma vacina, um remédio. É muito mais simples: basta parar de criar porcos nesse sistema absurdo, com uma densidade de animais altíssima e péssimas condições de higiene, alimentação e medicação para esses bichos!!!

Mais uma vez vem à tona a questão da alimentação e, sim, eu acredito que o mundo seria muito melhor se fôssemos todos vegetarianos. Mas não precisa chegar a esse extremo, basta comer uma carne decente. Uma carne de bichos criados com um mínimo de respeito. Respeito às suas próprias vidas, às vidas de quem trabalha com eles, às vidas do entorno (florestas, rios, comunidades). Não é tão difícil...

Pra encerrar, uma frase da matéria da Trip: dependência é infantil, independência é adolescente e interdependência é a maturidade!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Eu vou em busca de um sonho


Quase como correr atrás daquele pote de ouro que tem no começo do arco íris, eu vou em busca de um sonho. Sei que a existência do tal pote é mais temporal do que geográfica, uma vez que ele não existe no espaço, mas sim dentro da gente. E ele está aqui o tempo todo, mas muitas vezes não o enxergamos, não o alcançamos... e às vezes parece que está tão perto.


"O melhor lugar do mundo é aqui, e agora". Mas essa sábia frase não nos dia para que nos conformemos com o aqui e o agora. Pelo menos eu não a entendo assim. Entendo que devemos usar o nosso livre arbítrio para definir o aqui e o agora. E quando sabemos que estamos pelo menos trabalhando para definir o nosso aqui e o nosso agora - mesmo que nesse exato momento a gente não esteja no tal lugar, nem no tal momento - isso nos dá uma paz interior que nos faz nos sentir no melhor lugar do mundo, agora! Como mágica, como um pote de ouro no começo do arco íris!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Pra onde você vai no feriado?

Mais um feriadão se aproxima (11 a 14 de junho, para quem ainda não checou a agenda...) e com ele a minha forma preferida de consumo: viajar!

Acho que turismo tem tudo a ver com "consumo sustentável", porque é um jeito de gastarmos nosso dinheiro não com "coisas", mas com sensações, cultura, diversão; enfim, felicidade! É também uma ótima forma de fazer uma redistribuição de renda, levando nosso rico dinheirinho para comunidades menos abastadas. Claro que isso só acontece em algumas modalidades de turismo, que podem ser chamadas de ecoturismo, turismo rural, mochilão, sei lá. Se você for a um resort de luxo, vai estar dando dinheiro para quem já tem um monte, vai fazer "turismo de shopping center" (desculpe se estou sendo um pouco agressiva...).

Mas vou falar do turismo que gosto de fazer. Gosto de conhecer novas paisagens e novas culturas. Quando estou viajando gosto de me sentir um pouco parte daquele local, tentar incorporar alguns costumes, usar os transportes que os moradores usam, comer a comida que eles comem. Nas muitas andanças por Minas, puxar um "dedo de prosa" com os locais e ouvir uns "causos" tomando aquele cafezinho fraco e doce, comendo aquele queijinho fresco ou aquele doce encorpado, é a melhor coisa do mundo! Assim foi em Carrancas, no camping do seu Marcelo e em São Roque de Minas (Serra da Canastra), no camping do seu Francisco.

Na única, mas muito bem aproveitada, passagem pela Amazônia, subir o Rio Amazonas num barco lotado, dormindo em rede e tendo dor de barriga é a forma mais eficiente para sentir na pele a vida dos ribeirinhos (não só dos que viajam no barco, mas principlmente dos que vivem às margens longínquas do imenso rio). Depois vale optar pelo conforto dos camarotes ou até mesmo da lancha rápida Santarém-Manaus, afinal, nem sempre temos o tempo e a saúde suficientes para passar pelo que eles passam...

Uma agradável surpresa foi constatar, em um trecho da viagem Maceió-Recife de bicicleta, que esse era o meio de transporte mais utilizado pela população local (na região da Praia do Toque, em Alagoas). Claro que nossas equipadas magrelas - e mesmo os equipados ciclistas - chamavam atenção entre aquelas barra-fortes, mas o pessoal ficava animado ao nos ver passar e sempre se mostravam muito receptivos e acolhedores.

E aqui entra um ponto importante para esse tipo de viagem. Muita gente me pergunta se não é perigoso: bicicleta, barcos, ônibus, caronas... até hoje nunca me decepcionei com meus anfitriões. Minhas viagens foram basicamente pelo Brasil (houve uma únicia externa, pela Argentina, e para essa até vale o elogio àqueles que me receberam, apesar da péssima fama que nossos hermanos tem por aqui - pecuinha mais nossa do que deles...), e nós, brasileiros, somos muito hospitaleiros! Seja receeptivo e encontrará pessoas receptivas. Aja com naturalidade e será tratado com naturalidade. Nem precisa dizer que o oposto vale também...

Tendo um mínimo de bom senso e aplicando regras básicas de segurança, relacionadas a dinheiro e objetos de valor, as chances de contratempos são bem pequenas. Sem neurose, afinal, você está lá para descansar e se divertir! E aí, para onde você vai no feriado?!